Comércio eletrônico fatura R$ 3,06 bilhões neste Natal

Vendas no varejo online desacelerou crescimento previsto em 25%, fechando em 18%.

O Natal online de 2012 teve um crescimento nominal de 18% em relação ao ano anterior, quando foram faturados R$ 2,6 bilhões em bens de consumo. No entanto, a previsão inicial de um crescimento de 25%, não foi alcançada, isso de acordo com a e-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico.


Entre 15 de novembro e 24 de dezembro, o faturamento do e-commerce chegou a R$ 3,06 bilhões e o ticket médio ficou em R$ 359,00. O número de pedidos chegou a 8,5 milhões. No entanto, alguns fatores ainda frearam o consumo para o Natal. A Black Friday, dia 23/11, por exemplo, teve um pico tão alto de crescimento (143%) que acabou gerando um período de maior marasmo no e-commerce no Natal. Isso por que seu sucesso provocou vendas em excesso, não esperadas no setor, ocasionando atraso na entrega nas semanas seguintes, desacelerando assim as vendas para o período.

Além disso, o endividamento dos brasileiros, principalmente da nova classe média, que já representa metade dos e-consumidores, também colaborou para que os números na ocasião não fossem os previstos. Em Novembro, por exemplo, 59% das pessoas disseram estar endividadas, sendo que e 6,8% declararam que não terão como pagar as dívidas, refletido também no e-commerce, uma vez que 56% dos e-consumidores são da Classe C.

“De uma maneira geral, 2012 foi um bom ano nas vendas online, especialmente no primeiro semestre. Na segunda metade, notou-se um movimento intenso na Black Friday, o que pode ter desviado os consumidores das compras de Natal. No entanto, podemos considerar um bom valor de faturamento para a data sazonal, uma vez que vendas em shoppings cresceram somente 6%, segundo dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop)”, comenta Cris Rother.

A categoria mais vendida foi “Moda e Acessórios” com 12% do volume de pedidos. Em segundo lugar ficou “Eletrodomésticos” com 11%, seguida por “Saúde, beleza e medicamentos” com 10%, “Informática” com 9% e “Casa e decoração” com 8%. Sendo assim, a categoria Moda e Acessórios assumiu pela primeira vez a liderança nas vendas natalinas.

Já os atrasos nas compras online sofreram uma piora no seu índice, com relação aos consumidores que ainda aguardam a entrega dos produtos. No ano passado, 13% dos pedidos não foram entregues no prazo. Em 2012, esse número subiu para 18,37% apesar dos investimentos realizados pelos varejistas e empresas de logística responsáveis pelas entregas.

Comportamento do internauta brasileiro no Natal

De acordo com a Navegg, (www.navegg.com.br), referência latino-americana em dados de audiência online, nos últimos 30 dias, 18,93 milhões de internautas brasileiros utilizaram a internet para buscar produtos. Desse total, 7,95 milhões são pertencentes à nova classe média, o que corresponde a 42%.

Embora produtos da categoria “Moda & Acessórios” tenham sido os mais vendidos no e-commerce em geral, o levantamento da Navegg aponta que os produtos mais pesquisados por esse público no período de Natal foram os smartphones. Também entram nessa lista os televisores, maquiagens e cosméticos e eletrodomésticos como aparelhos de ar condicionado, ventiladores e purificadores de água.

“No Natal, as pessoas compram para presentear. A pesquisa por produtos de maior valor agregado como smartphones é grande, mas na hora da compra, os consumidores acabam optando por itens mais em conta, como vestuário”, explica Adriano Brandão, diretor de marketing da Navegg.

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