segunda-feira, 20 de julho de 2009

BH será a primeira cidade a usar moeda virtual no varejo

Diferença para outros programas é ter várias empresas para dar recompensa

Já pensou em comprar em várias lojas diferentes e, a cada compra, ganhar um brinde que vale como dinheiro? A vantagem, que já existe na Internet desde 2002, vai sair do mundo virtual se tornar realidade em Belo Horizonte no próximo mês. A capital foi escolhida para ser a primeira a colocar em prática o projeto de fidelização da Dotz.

A Dotz é a empresa que criou o programa que tem como diferencial o fato de unir várias empresas que vão passar a recompensar os clientes a cada compra com uma espécie de moeda, o dotz. A diferença do dotz para outros programas de fidelização é exatamente a junção de diferentes segmentos.

"Quando criamos o dotz, nosso objetivo era criar um modelo de recompensa para os consumidores pelas compras que eles efetuavam. A forma que encontramos foi colocar várias empresas em uma rede para remunerá-los", afirma o presidente da empresa, Roberto Chade. Ele explica que tudo começou no mundo online por ser um ambiente menos complexo e que agora Belo Horizonte vai ser a primeira cidade a contar com a moeda no varejo. A expectativa é que pelo menos 400 mil pessoas participem do programa na capital mineira. Chade estima também que nos próximos dois anos a cidade movimente R$ 2 bilhões em transações com participação do dotz.

Cerca de 70 empresas de diferentes segmentos já aderiram ao programa, dentre elas o Banco do Brasil, a rede Ale de combustíveis, lojas Retes, Bob’s, Chevrolet Hall, rede Atlantica Hotels International. Ganhar dotz é muito simples: depois de abastecer o carro, fazer transações bancárias ou comprar em qualquer empresa que faça parte da rede, o consumidor vai receber dotz por meio do cartão. Não é possível gastá-los em todos os estabelecimentos que fazem parte da rede. Apenas alguns lugares vão aceitar a moeda como pagamento. Além das lojas que o aceitam como moeda, quem tem dotz pode utilizá-lo também para comprar produtos na Internet, no próprio site da empresa, que tem uma espécie de shopping virtual.

O diretor de cartão do Banco do Brasil, Denilson Molina, explica que no banco as pessoas poderão tanto receber quanto gastar os dotz. Os clientes que tiverem dotz vão poder contar com desconto em taxas de juros e em tarifas bancárias.

Para Molina, essa moeda será cada vez mais aceita no mercado. "Com o tempo, dotz vai valer como dinheiro. Não que vá comprar tudo e no local em que quisermos. Mas, com o passar do tempo os comerciantes vão perceber que o consumidor vai dar preferência a quem usa o dotz e isso vai atraí-los a entrar no sistema", afirma.

A vantagem, segundo Chade, é poder adquirir a moeda sem custo, já que o consumidor é recompensado pelas compras que já fariam. Também há a possibilidade de escolher o produto que será adquirido com dotz. Em outros programas, os brindes devem ser trocados na mesma loja que concedeu. "As empresas vão contar com um diferencial competitivo."

Fonte: O Tempo